Antes de mais nada, vamos quebrar o mito generalizado que sufoca o bem-estar, o desempenho e a produtividade no nosso dia a dia. É o mito de que as emoções não são pertencentes ao trabalho ou aos negócios.
Nesse sentido, como se a inteligência emocional se resumisse em apertar um botão e então todos os medos, alegrias, tristezas e esperanças pudessem ficar da porta do trabalho pra fora. Esse mito leva muitos a acreditar que os profissionais devem ser frios e estóicos.
Em síntese, Pesquisas mostram justamente o oposto. Quando os colegas de trabalho abandonam sua presença profissional polida, os colegas de trabalho ao seu redor experimentam um aumento de confiança, gentileza, desempenho e conexão. Logo, a tentativa de desvincular as emoções de nossas vidas pessoais não é apenas lamentável, mas também é um mau negócio e você vai descobrir o porque neste artigo...
A capacidade de identificar e gerenciar as emoções pessoais e as emoções dos outros será certamente uma habilidade extremamente vantajosa para os líderes.
afinal de contas, as preocupações com a saúde mental, depressão e solidão continuam a aumentar na força de trabalho moderna, portanto, se um líder souber como lidar com essas questões, certamente vai obter grandes vantagens em detrimento dos demais, não só na sua própria empresa ou empresa onde trabalha, mas como também no mercado como um todo.
Se os líderes não se sentirem confortáveis em entrar em águas emocionais, eles definitivamente correm o sério risco de nunca resolver totalmente os problemas de sua equipe ou clientes, principalmente porque a empatia é um pilar fundamental da inteligência emocional e certamente é necessária para resolver de forma definitiva os problemas.
De acordo com esse ponto de vista, Bill Gates afirmou em seu discurso de formatura da Universidade de Stanford em 2014:
Se temos otimismo, mas não temos empatia, então não importa o quanto dominamos os segredos da ciência. Não estamos realmente resolvendo problemas; ao contrário, estamos apenas trabalhando em quebra-cabeças.
As emoções não são um problema para resolver, mas uma tensão a ser entendida e reconhecida. Conforme os líderes administram com sucesso essa tensão diária como resultado, é através da inteligência emocional.
De acordo com Autor e PhD., Daniel Goleman , autor de Emotional Intelligence: Why It Can Matter More Than IQ, a inteligência emocional é um melhor indicador de sucesso acadêmico, no trabalho e sucesso na vida em geral, do que o quociente de inteligência (QI) de alguém. Então, ao contrário do QI, as pessoas podem aumentar sua inteligência emocional ao longo da vida.
Existe uma linha tênue entre compartilhar nossos sentimentos que geram confiança e compartilhar demais, que corrói a confiança. Compartilhar demais pode minar a influência, provocar desconforto nos outros e demonstrar falta de autoconsciência. A maioria das pessoas deixa que suas emoções conduzam o carro de suas vidas outras, trancam suas emoções fora do carro. Como tudo na vida, nenhum extremo é positivo.
A expressão emocional é um campo bastante amplo. Em um extremo estão os subemotivos, pessoas que preferem apenas os fatos ou têm dificuldade em acessar seus sentimentos. No outro extremo estão os emotivos, pessoas que estão constantemente compartilhando seus sentimentos sem nenhuma razão. Nenhum desses extremos é saudável.
A inteligência emocional consiste em encontrar o equilíbrio neste espectro. Reconheça e gerencie sentimentos sem ser controlado por eles. Alcance o equilíbrio emocional correto com compartilhamento seletivo. Abra-se ao mesmo tempo que prioriza a segurança psicológica e a estabilidade para você e para os outros.
se um sentimento não estiver relacionado ao trabalho ou não estiver associado a um determinado indivíduo, sinalize o sentimento sem entrar em detalhes, dizendo à pessoa que você está tendo um dia difícil e que não tem nada a ver com trabalho ou com eles. Dessa forma você sinaliza que você não é “imaturo” de dizer que “não é nada” mas ao mesmo tempo inspira respeito e consciência por saber o que gostaria de compartilhar, ou não, com os demais.
Identifique a necessidade por trás da emoção. Se um prazo iminente o deixa ansioso ou preocupado, a necessidade por trás da emoção pode ser pedir à sua equipe que estabeleça um plano que garanta que o prazo seja cumprido.
A inteligência emocional parece estar totalmente ligada à vulnerabilidade. Embora a vulnerabilidade possa ser uma ferramenta valiosa, muitas vezes - especialmente para os líderes - ela pode posicionar alguém como fraco e minar a confiança em uma equipe. Em vez disso, os líderes devem se esforçar para ser identificáveis mais do que vulneráveis.
Por definição, ser “identificável” estabelece uma relação social ou de caráter simpático com os demais. Perguntando a si mesmo: “Sou identificável?” ou "Como é estar do outro lado de mim?" forçam você a considerar as circunstâncias da pessoa com quem está interagindo em si mesmo, o que cria uma oportunidade de empatia.
Substitua a presença profissional polida por histórias relacionáveis de desconforto, dúvidas ou deleite de uma forma que seja autêntica, ainda mais quando é a serviço dos demais. As pessoas ouvem autobiograficamente os contadores de histórias, portanto, quando você conta uma história pessoal, os outros estão ouvindo através das lentes de suas próprias vidas. Compartilhe onde você esteve, onde você está e para onde está indo para se tornar mais identificável. Use e abuse da sua inteligência emocional.
Certamente as pessoas desejam ser vistas, ouvidas e pertencentes a algo, então faça perguntas ponderadas e abertas às pessoas a quem você serve, que lhes permitam responder em uma história. Frequentemente, as histórias que pedimos para ouvir são muito melhores do que as que contamos.
Já disse a máxima:
Constantemente as pessoas procuram uma oportunidade para inserir seu comentário, ponto ou argumento. Em vez disso, os líderes emocionalmente inteligentes ouvirão ativamente para compreender e então posteriormente identificar a emoção por trás da história ou comportamento. Aqui estão algumas frases para ajudar na escuta ativa.
Lute contra a vontade de inserir sua visão ou conselho em uma conversa e, ao contrário. Em vez disso, simplesmente encoraje a outra pessoa a falar mais e adentrar em detalhes sobre o assunto em questão. Isso logo fornece a margem necessária para que as pessoas continuem a compartilhar e comunicar como se sentem.
Haja de acordo com os negociadores experientes do FBI. Eles não dizem ao culpado o que fazer ou não fazer. Primeiramente, eles buscam compreensão perguntando: "Como chegamos até aqui?" À primeira vista, essa pergunta parece ser inofensiva. Ao contrário, ela é úti, sobretudo, para evocar uma história ou mais contexto sobre a situação atual.
Esta é uma questão útil para explorar e conhecer, ainda mais com a equipe inteira. Nesse sentido, responder a essa pergunta em uma equipe estabelecerá confiança.
b>E por fim...As emoções são confusas? Sim. As emoções são inevitáveis? Sim. Varre-las para de baixo do tapete é uma boa solução? Certamente que não.
A resposta correta para essa questão seria “administrá-las”, e isso depende exclusivamente do líder e de sua inteligência emocional. Atentar-se a estes detalhes e como resultado, lhe trará bons frutos do curto, médio e longo prazo, em todos os aspectos do seu negócio.